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Auditoria identifica fragilidades na área financeira de Pasadena

pasadenaA Petrobras, por meio de uma auditoria interna, identificou deficiências na administração da refinaria de Pasadena, mesmo após assumir o controle total da usina, apontou investigação da petroleira executada em 2010. Uma autorização verbal foi suficiente para efetuar, por exemplo, um saque de US$ 10 milhões da conta da refinaria na corretor a MF Global.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo na sua edição desta sexta-feira (25).

A auditoria, cujo objetivo era avaliar procedimentos de controle e gestão das operações de comercialização do óleo na refinaria, criticou a falta de documentação para o controle e acompanhamento de transações, conforme revelou o jornal O Globo.

Na época do saque, a Petrobras estava em litígio com a sócia Astra Oil, mas já tinha o controle informal das operações. A auditoria censura a forma como US$ 10 milhões saíram da conta da refinaria na corretora MFGlobal, que entrou com pedido de falência em 2011. Em nenhum momento, porém, há menção a desvio de dinheiro ou desfalque no resultado da empresa.

O documento também não informa o responsável pelo saque nem o destino ou a finalidade da operação. Como a auditoria descobriu que bastou uma autorização verbal para fazer a operação, provavelmente a transferência dos recursos da corretora foi informada nos registros contábeis e financeiros da empresa. A Petrobras negou ontem a existência de irregularidades no saque.

Mais tarde, em 2012, cláusulas omitidas do conselho acabaram obrigando a Petrobras a comprar a outra metade da Astra Oil, depois de uma longa disputa judicial. A estatal brasileira desembolsou na operação mais de US$ 1,2 milhão e admitiu ter tido um prejuízo de US$ 530 milhões.

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