
De acordo com cálculos da empresa de consultoria Safira, só no ano passado, os custos com o uso de usinas térmicas e com a compra de energia pelas distribuidoras foram de R$ 9,6 bilhões, e representaram um impacto de 8% nas tarifas. Para este ano, os gastos são estimados em R$ 18 bilhões. Ou seja, impacto de mais 15%, que deve ser repassado para o próximo ano.
Para o deputado federal Cesar Colnago (PSDB-ES), o aumento das tarifas de energia em 24%, após a promessa feita pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e televisão, corrobora a visão de que o atual governo tem suas bases na “embromação”. “Anunciam muita coisa que, normalmente, é marketing puro. Não acontece, mas a população cria uma grande expectativa”, afirmou.
Má gestão
O parlamentar avaliou que os constantes problemas enfrentados pelo setor elétrico são consequência de uma gestão incompetente e de uma política relapsa.
“A verdade é que falta tudo. A presidente, que foi ministra de Minas e Energia, e sua equipe não entendem do setor. Estão descapitalizando a área e não fizeram um planejamento para evitar uma possível situação de esgotamento. Trabalham sempre no limiar”, apontou.
“É preciso investir em geração e distribuição de energia. Já tivemos centenas de micro apagões, e mais de 12 grandes blecautes nos últimos cinco anos. Isso não pode acontecer, porque este é um setor básico, elementar para o desenvolvimento”, ressaltou.
Economia
Colnago fez ainda um alerta: o desgoverno petista nas políticas de cunho energético pode trazer sérios riscos para a economia, como o aumento da inflação.
“Se tem um setor em que o governo errou em tudo, foi o energético. Temos uma carga tributária muito alta em comparação com outros países em desenvolvimento, e a energia é uma área importante, que impacta na produção e na vida das pessoas. Esse aumento das tarifas acaba sendo um desastre para a economia, porque a população paga o preço, enquanto o governo só faz marketing”, acrescentou.