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Brasil está entre os dez maiores riscos para o cenário internacional em 2016

abr_cef_disc_chefs05012016_140Brasília (DF) – A crise política conduzida pela gestão da presidente Dilma Rousseff, o pessimismo com os rumos da economia e os indicadores que não mostram sinais de melhora fizeram com que o Brasil fosse incluído pela consultoria Eurasia Group entre os dez maiores riscos para o cenário internacional em 2016. O ranking traz o país na oitava posição.

As informações são de reportagem desta terça-feira (05/01) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, o presidente da consultoria internacional, Ian Bremmer, avaliou que em 2016 “o tombo na economia brasileira será grande”, já que o país está mergulhado em meio a uma “recessão profunda”, que pode durar “múltiplos anos”.

O pessimismo econômico é confirmado pelos números do primeiro boletim Focus do ano, pesquisa realizada pelo Banco Central. Segundo as previsões de analistas de mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve encolher 2,95% – retração maior do que a estimada na semana passada: 2,81%. Os economistas também esperam um resultado negativo de 3,71% para a economia em 2015.

Para o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), o Brasil vive um momento delicado por não ter aproveitado as oportunidades abertas pelos “períodos das vacas gordas”. “Não introduziu as reformas estruturais, não se preparou adequadamente para o futuro, e agora sofre de uma forma muito mais profunda os efeitos da crise internacional”, afirmou.

O parlamentar destacou que é preciso adotar no país reformas profundas e recuperar o terreno perdido. “O ano de 2016, infelizmente, graças aos erros de condução dos governos Lula e Dilma desde 2008, reserva uma perspectiva muito preocupante para todos os brasileiros. E como o Brasil é um país, uma economia que tem importância no arranjo econômico mundial, isso também coloca em risco o próprio equilíbrio. O Brasil pode virar um centro de instabilidade, cooperando com o quadro mundial que não é dos mais animadores”, disse.

Recessão profunda

As perspectivas para a inflação também se deterioram a cada semana. Especialistas preveem o que o índice só terá chances de atingir o centro da meta, que é de 4,5%, em 2017. Mesmo com a baixa atividade econômica, que aumenta o desemprego, diminui a renda e, consequentemente, o consumo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2016 em 6,87%.

O deputado Marcus Pestana salientou que o Brasil vive hoje uma “recessão profunda” e uma “depressão econômica”. “Já temos nove milhões de desempregados e a perspectiva é fechar o ano com cerca de 11 milhões de desempregados, um segundo recuo de quase 3%, o Brasil dando marcha ré no seu desenvolvimento econômico, a Bolsa bateu no nível de 2009, uma desvalorização cambial grave. Todos os sintomas são de paralisia econômica”, avaliou.

De acordo com o tucano, o Brasil não precisa de mudanças superficiais, mas sim de reformas substanciais. O problema, segundo ele, é que para viabilizar as mudanças é preciso credibilidade, liderança, e confiança da sociedade e dos investidores, características que a gestão petista não inspira.

“O governo Dilma vai passar para a história como o governo que durante toda a República teve a menor taxa de crescimento. O segundo mandato da presidente Dilma é uma época perdida, é um ano jogado fora, e isso graças aos equívocos cometidos pelo governo, que agravam os elementos que vêm do exterior, ou da crise econômica nacional. A crise brasileira não nasce no exterior. A crise brasileira nasce dos erros cometidos pelo governo do PT”, completou Pestana.

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