O Brasil registrou 839 mortes em decorrência da dengue em 2015, o maior número desde 1982 – e o índice pode ser superior, já que os dados divulgados contemplam somente os casos da doença identificados até a primeira semana de dezembro. Na opinião do deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), o balanço da dengue em 2015 é resultado do descaso do governo com a saúde, especialmente no seu aspecto preventivo.
“Várias doenças que estavam praticamente eliminadas no nosso pais recrudesceram. Foi o caso do sarampo, da febre tifoide, o agravamento do número de casos de dengue. Isso tudo por falta de decisão político-administrativa. Não é somente falta de recurso. É falta também de gestão no Ministério da Saúde”, criticou.
As informações são de matéria publicada pelo Estadão nesta terça-feira (5). Em relação ao total de ocorrências de dengue, foram 1.587.080 pessoas infectadas pelo vírus, o que representa um aumento de 123.304 casos na comparação com os números verificados até a última semana de setembro.
O crescimento da população do Aedes aegypti no país causa preocupação, ainda, pelo fato de o mosquito ser também o vetor da febre chikungunya e do zika vírus, este último apontado como o principal responsável pela alta nos casos de microcefalia no Brasil. O avanço da doença no país também aflige o parlamentar tucano. “É grave (o risco), ao ponto de o próprio governo fazer campanha para que as mulheres que estavam se programando para ter seu filho protelarem a gravidez, usarem manga comprida, protetor solar, tudo isso por falta de compromisso do governo”, destacou Gomes de Matos.