A crise econômica brasileira e a epidemia do zika vírus no país foram destaque na revista britânica The Economist, esta semana. A publicação, uma das mais importantes da Europa, afirma que o Carnaval não vai dar pausa na crise nem reduzir os casos de pessoas afetadas pelo zika – por isso usa o título “Festejando no precipício” para criticar os sucessivos problemas que atingem o Brasil nos últimos meses.
“O feriado não fornece nenhuma pausa da aflição econômica e política”, afirma a publicação.
Em uma crítica direta ao governo Dilma Rousseff, a revista diz que a crise econômica está em ascensão no Brasil. A revista cita o aumento no desemprego ao afirmar que, somente em 2015, 1,5 milhão de trabalhadores perderam seus postos de trabalho. “Outros um milhão de pessoas podem perder os seus empregos este ano”, afirma a publicação.
Segundo a revista, o Banco Central errou ao sinalizar que não promoveria alterações nos juros básicos da economia às vésperas da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) – que manteve inalterada em 14,25% a taxa básica de juros da economia (Selic) na semana passada.
“Em vez de apoiar a credibilidade financeira do Brasil, o BC conseguiu prejudicar ainda mais”, afirma a reportagem.
A revista ainda menciona o processo de impeachment de Dilma ao lembrar que a presidente corre o risco de perder o cargo em meio ao caos na economia e na saúde. “Uma preocupação ainda maior para Dilma é a ameaça de impeachment contra ela em acusações sobre o uso de truques de contabilidade para esconder a verdadeira amplitude do défice fiscal do Brasil”, afirma The Economist.
Na reportagem, a revista ainda diz que o PT – partido de Dilma – se coloca contra temas defendidos pelo governo federal, como a mudança na idade mínima da aposentadoria.
Confira aqui a íntegra da reportagem publicada na The Economist.