O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró (foto) terá nesta quarta-feira (15) a oportunidade de dar mais informações sobre a polêmica compra da refinaria de Pasadena (Estados Unidos).Cerveró participa, a partir das 11h, no plenário 9, de reunião conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle, Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara.
A expectativa é de que Cerveró esclareça no Congresso um dos piores negócios já feitos pela estatal. Em entrevistas recentes, o advogado dele disse que os conselheiros da Petrobras, entre eles a presidente Dilma Rousseff, tinham os dados para avaliar a operação. A versão vai de encontro ao alegado pela petista, que recorre ao argumento de que apoiou a transação porque não teve acesso a informações mais detalhadas.
A reunião do Conselho de Administração da Petrobras ocorrida em 3 de fevereiro de 2006 aprovou a compra da refinaria com base em Sumário Executivo apresentado por Cerveró e elaborado em conjunto com a Área de Refino e Abastecimento da estatal. Em 2005, a belga Astra Oil tinha pago US$ 42,5 milhões. No ano seguinte, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria. Após desentendimento com sua sócia, a estatal brasileira fez um acordo e pagou US$ 821 milhões pelo controle total da refinaria. Ou seja, o valor total desembolsado por Pasadena atingiu US$ 1,18 bilhão.
No último dia 10, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), enviou dois ofícios: ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitando informações a respeito da manifestada disposição do ex-diretor da Petrobras em prestar depoimento sobre as denúncias envolvendo a compra da refinaria nesses dois órgãos.
Com informações do PSDB na Câmara