
O ministro Luís Inácio Adams, atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), irá deixar o cargo para ingressar no escritório Tauil & Chequer – grupo que participou das negociações para a compra da refinaria de Pasadena (EUA) por parte da Petrobras, em negócio que trouxe grandes prejuízos à Petrobras. As informações são de reportagem da Folha de S. Paulo desta terça-feira (1).
O Tauil & Chequer foi o parceiro brasileiro do escritório americano Thompson & Knight. A lei dos EUA determina a participação de advogados brasileiros no processo.
Quando a transação da refinaria de Pasadena foi concluída, o Tauil & Chequer tinha entre seus sócios o advogado Marcelo Mello, que foi gerente jurídico da extinta Braspetro e era próximo de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e atualmente preso, dentro do âmbito da operação Lava Jato.
Adams deixará a AGU nos próximos dias, e será substituído pelo ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Pasadena
Considerado um dos piores negócios da história da Petrobras, a compra da refinaria de Pasadena foi efetuada em 2006. Na ocasião, a estatal gastou US$ 360 milhões pela compra de 50% da planta – um ano antes, a empresa belga Astra Oil havia comprado 100% da refinaria por US$ 42,5 milhões. Os prejuízos cresceram em 2012 quando, após disputa judicial, a Petrobras foi obrigada a pagar mais US$ 820,5 à Astra Oil.