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Com fim da greve, 1,3 milhão de trabalhadores enfrentam fila da perícia do INSS

INSS Segmento Foto ABrApós a greve de peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que durou mais de quatro meses, o tempo médio de espera pelo agendamento da perícia médica subiu de 20 para 88 dias. Cerca de 1,3 milhão de trabalhadores aguardam na fila para o recebimento do benefício. De acordo com matéria do jornal O Globo desta quarta-feira (27), a estimativa do INSS é de 830 mil pedidos de benefícios represados e não há previsão para a regularização da situação. Segundo a assessoria do órgão, não foi assinado acordo com a categoria sobre a reposição dos dias parados.

“Essa situação das perícias do INSS é a mais lamentável página da saúde no Brasil. O governo não tem dinheiro para pagar suas contas e começa a usar tributos subversivos para não cumprir sua obrigação. O INSS é cobrado na folha de todos os trabalhadores, o imposto está sendo cobrado para que as pessoas tenham direito de poder, eventualmente, utilizar seja por um problema de saúde ou invalidez. Quando impede essas perícias, o governo está roubando das pessoas a terem acesso aos seus direitos”, critica o deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG).

Segundo o jornal O Globo, o represamento das novas concessões vai impactar o déficit da Previdência Social estimado em R$130 bilhões neste ano. Em 2015, o rombo ficará na casa dos R$ 85 bilhões. No entanto, os números consolidados deverão ser divulgados somente após o Carnaval.

Estado de greve

Mesmo com o retorno ao trabalho na última segunda-feira (25), de acordo com a Associação Nacional dos Médicos Peritos, está mantido o estado de greve. Com isso, o atendimento ficará restrito, apenas para perícias iniciais. Segundo a entidade, não estão descartadas novas paralisações e o atendimento só será normalizado se houver avanço nas negociações com o governo Dilma.

O INSS conta hoje com 4.330 servidores peritos médicos, com salários que variam de R$ 11.383 a R$ 16.222, para jornada de 40 horas semanais. De acordo com a assessoria do órgão, não é possível calcular o impacto da greve no retorno dos trabalhadores ao serviço por vários fatores. Entre eles, estão o motivo do afastamento e o fato de a recuperação depender das condições de saúde de cada segurado. Entretanto, quem tiver se afastado das atividades por motivo de doença por mais de 15 dias e já tenha retornado ao trabalho tem direito ao benefício, que é calculado de forma retroativa.

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