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Crise econômica leva consumidor a comprar menos e pressiona resultado do varejo

supermercado4O aumento do desemprego e a escassez de crédito diante da crise econômica instalada pelo governo Dilma levaram ao consumidor brasileiro a evitar dívidas e comprar menos, e optar somente por itens básicos e indispensáveis à sobrevivência. É o que aponta a última pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) divulgada nesta última terça-feira (12). As vendas do setor em São Paulo registraram queda de 10,2% em outubro, pressionadas pelos segmentos de vestuário, móveis e decoração, veículos e eletroeletrônicos.

A crise está afetando setores importantes da economia e derruba a estratégia do PT de estimular o crescimento do país via consumo, já que afeta a cadeia produtiva e o desemprego em diferentes setores. “Algumas medidas que o governo vem tomando têm refletido nas empresas e, consequentemente, o desemprego vem ocorrendo. Com isso, as pessoas deixam de comprar, ou seja, é um ciclo da economia. O governo, na verdade, está tão preocupado em sair desse lamaçal que não consegue fazer um reajuste ideal que o país precisa”, criticou a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), ressaltando que dias ainda piores virão em 2016. “O reflexo será maior, os brasileiros sofrerão ainda mais com esse desgoverno, essa falta de administração da presidente Dilma. Quem paga por essa incompetência, pelo desgoverno, pela falta de administração é, com certeza, o povo brasileiro, que está ‘sentindo na pele’”, completou a tucana.

De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta quarta-feira (13), o novo padrão de consumo já reflete também no resultado das maiores varejistas do país. É o caso da Via Varejo, que concentra as redes Casas Bahia e Ponto Frio e teve retração de 15%. A Magazine Luiza, outra rede de eletrônicos que tem ações negociadas na BM&F Bovespa, teve a nota de crédito rebaixada pela agência de risco Standard & Poor’s na segunda-feira (11).

Já a rede Máquina de Vendas (Ricardo Eletro e Insinuante) tem capital fechado, mas vem reestruturando seu negócio com a ajuda de consultores externos. O levantamento feito pela Fecomércio-SP mostra ainda uma queda de 16,3% na venda de eletrodomésticos no acumulado de janeiro e outubro do ano passado e não há sinais de recuperação no horizonte.

Perdas

Levantamento feito pelo Estadão, com base nos dados da Economática, aponta que as ações de empresas do varejo de vestuário e eletrodomésticos sofreram na BM&FBovespa em 2015 com a crise econômica no país. As mais castigadas foram justamente Magazine Luiza (-71,8%) e Via Varejo (-81,4%).

Já no ramo de confecções e calçados, as maiores perdas foram na rede popular Lojas Marisa e na Restoque, dona da Le Lis Blanc, Dudalina, John John e Bobô. Guararapes (que controla a Riachuelo) e Hering também fecharam o ano com as ações no vermelho. De acordo com a Fecomércio-SP, o varejo de confecções acumulou queda de 11,7% nas vendas até outubro do ano passado.

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