Brasília (DF) – A crise econômica conduzida pelo governo da presidente Dilma Rousseff já tem obrigado, há um ano, as famílias brasileiras a reduzir o consumo de produtos básicos: alimentos, itens de higiene pessoal e de limpeza. As informações são de reportagem publicada nesta quinta-feira (17/9) no jornal Valor Econômico.
De acordo com a publicação, a queda no volume de compras no supermercado começou devagar – 0,4% em agosto do ano passado, em relação ao mesmo período de 2013 – mas cresce mês a mês, e hoje já supera os 2%. A situação caminha para o mesmo patamar do que ocorreu durante a crise econômica de 2002/2003. À época, o poder de compra das famílias acabou caindo 5%, após dados trimestrais negativos por 24 meses.
Economia fragilizada
A diminuição do poder de compra das famílias se deve a uma economia fragilizada, cuja estimativa de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano chega a 2,5%, segundo projeções do Banco Central. Nos últimos 12 meses, a renda real dos brasileiros caiu 3,4%, e a ocupação recuou 1,2%.
Especialistas acreditam que os índices de redução do consumo devem se acentuar nos próximos meses.