Brasília (DF) – A crise que tomou conta do setor petrolífero em todo o planeta deve continuar em ascensão. No Brasil, o mau momento do setor é acentuado pelos problemas vividos pela Petrobras – reportagem do jornal O Globo desta terça-feira (19) destacou que, entre as petrolíferas, a estatal possui a maior dívida do mundo, com R$ 402 bilhões de endividamento líquido. A companhia também encolheu 85,5% em valor de mercado, o equivalente a R$ 436,6 bilhões desde o pico histórico em 2008, quando atingiu na Bovespa valor de mercado de R$ 510,3 bilhões.
O presidente do PSDB-Sindical de Minas Gerais, Rogério Fernandes, afirmou que os resultados negativos refletem a falta de liderança da presidente Dilma Rousseff. “As demissões que tomam conta do setor de petróleo e gás têm um agravante maior aqui no Brasil: as descobertas da Operação Lava-Jato. O governo do PT está dilapidando o patrimônio que demoramos anos para construir. Temos, hoje, uma presidente que só se preocupa com a vida palaciana e esquece de fazer projetos e mudanças construtivas para o país”, ressaltou.
O levantamento internacional foi feito com empresas de sete segmentos relacionados à indústria de óleo e gás. O maior impacto foi sentido entre os prestadores de serviços, que contabilizam 121.098 demitidos até agora, ou 47,7% do total. No relatório da consultoria, há menções a casos brasileiros. O mais recente é o do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), cujo número de demitidos é citado apenas como “milhares”.
Para Fernandes, a crise que toma conta do cenário econômico brasileiro é “extremamente delicada” e penaliza a vida de milhares de cidadãos. Segundo ele, Dilma deve ser responsabilidade pela perda do patrimônio do trabalhador.
“O governo não promove nenhum gesto em relação às reformas estruturais para atrair investimento. O que acontece? Todo mundo se afasta. As consequências que estamos sofrendo são avassaladoras e as projeções são de piora. Para o bem do trabalhador brasileiro, a presidente deve ser responsabilizada o mais rápido possível”, completou
Siderurgia
Outro setor atingido pela crise econômica foi o siderúrgico. Reportagem do jornal O Globo destacou também que a Usiminas decidiu encerrar a produção de aço na unidade de Cubatão, em São Paulo, e cerca de 2 mil funcionários próprios serão demitidos. Segundo o sindicato local, outros 2 mil terceirizados serão demitidos.
O presidente do PSDB-Sindical de Minas ressaltou ainda a “falta de perspectiva” do trabalhador como reflexo das contínuas demissões. “Não aguentamos mais perder postos de trabalho, patrimônios. Estamos sem perspectiva alguma, perdendo tudo. Enquanto isso, a presidente segue se esquivando, sem apontar nenhuma solução. É triste estarmos nas mãos deste governo covarde”, completou Fernandes.