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Delator petista admitiu em depoimento que propina era dividida com ex-ministro Paulo Bernardo e Vaccari

petrobrasfachadaO ex-vereador Alexandre Romano, o primeiro petista a fazer delação premiada no âmbito da operação Lava-Jato, admitiu que dividiu propinas ligadas a contratos do Ministério do Planejamento com o ex-ministro Paulo Bernardo e com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, entre 2010 e 2012. Os valores eram divididos em partes iguais.
Ainda segundo Romano, a partir de 2012, o ex-ministro da Previdência Carlos Gabbas passou a ser beneficiado pelo esquema.As informações são do jornal “Folha de S.Paulo”, na edição desta quarta-feira (21).

De acordo com investigadores da Lava-Jato,  os desvios no Ministério do Planejamento somam R$ 51 milhões desde 2010. Foi nesse ano que a pasta contratou, sem licitação, a empresa Consist responsável pela avaliação da capacidade financeira de funcionários da pasta para tomarem empréstimos consignados. Na época, Bernardo era o ministro.

Para o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE), as delações têm tido um papel importante. “Não basta simplesmente prender um corrupto na ponta da linha. É preciso desmantelar a quadrilha”, destaca.
Coelho acrescenta: “Não existe corrupção ainda mais de forma tão articulada sem o planejamento central.”

A reportagem da “Folha” diz ainda que, segundo outro delator da Lava Jato, o lobista Milton Pascowitch, a Consist pagou R$ 10,7 milhões a Vaccari para conseguir o contrato no Planejamento.

 

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