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Dilma deixa “faxina ética” de lado e mantém ministros suspeitos de corrupção

05102015_IGV4536-EditarA tentativa de fazer uma “limpeza ética” no governo, estratégia colocada em prática no primeiro mandato de Dilma Rousseff como forma de dar à sua gestão uma imagem contrária à corrupção, vem caindo por terra a cada nova denúncia envolvendo integrantes do alto escalão da gestão petista. Matéria publicada nesta segunda-feira (18) pelo jornal Correio Braziliense destaca que Dilma vem sendo complacente com aliados suspeitos de cometer irregularidades.

Dois dos três ministros mais próximos à presidente são alvos de denúncias de corrupção. Jaques Wagner, ministro-chefe da Casa Civil, é acusado de negociar com o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS condenado na Operação Lava Jato, a captação de recursos para a campanha do PT à prefeitura de Salvador. À época, Wagner era governador da Bahia. Outra importante figura do governo de Dilma, o ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, é alvo de denúncias envolvendo seu nome e, novamente, o de Léo Pinheiro. Os dois teriam trocado mensagens entre 2012 e 2014 – quando Edinho era coordenador financeiro da campanha eleitoral de Dilma – negociando doações para a reeleição da presidente.

Para o deputado federal Max Filho (PSDB-ES), tal mudança de postura de Dilma – que chegou a trocar 21 ministros nos anos iniciais do seu primeiro mandato – é resultado da associação de seu governo com projetos corruptos. “O governo está de rabo preso com o esquema de corrupção que não permitiu a ela aprofundar essa chamada ‘faxina ética’. A presidente Dilma se mostrou uma mulher de meias medidas. Afastou alguns para dar satisfação e protegeu outros que estão por aí”, ressaltou o parlamentar.

Ouvido pelo Correio, o senador tucano Aloysio Nunes (SP) também rechaçou a ideia de que o primeiro mandato foi marcado pelo combate à corrupção. “Ela nunca foi gerentona, aquilo era tudo jogada de marketing. Ela demitiu, mas, pouco tempo depois, estava aos beijos e abraços com todos os que tinha colocado sob suspeição em vários ministérios. Essa operação, como outras no governo dela, tem muito de farol”, salientou Nunes

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