Principal bandeira da gestão Dilma Rousseff, o Bolsa Família sofreu mais uma vez com a desorganização econômica do governo petista. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2016, sancionada com 58 vetos, a presidente rejeitou a proposta que previa o reajuste do programa de acordo com a inflação dos últimos 20 meses.
De acordo com matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo neste sábado (2/1), os valores do reajuste poderiam chegar a 16,6% se Dilma não tivesse vetado o item. Atualmente, os valores mínimo e máximo do programa são de R$ 77 e R$ 336, respectivamente. O governo se justificou afirmando que “o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de beneficiários do Bolsa Família”.
Outras importantes modificações do texto da LDO incluem vetos à atualização de valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE).
Com a LDO, foi oficializada, ainda, a redução da meta fiscal de 2016 de um superávit primário de 0,7% para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A reportagem do jornal carioca cita este ponto como um dos motivos que tiraram Joaquim Levy do Ministério Fazenda.