Indicado pelo PT ao alto escalão da Petrobras, o ex-diretor de Engenharia da estatal Renato Duque foi denunciado pela força-tarefa da Operação Lava Jato pela sexta vez. Agora, Duque foi acusado pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, de acordo com matéria publicada nesta segunda-feira (18) pelo jornal O Globo.
Informações enviadas pelas autoridades de Mônaco, principado onde Duque teria mantido valores não declarados entre 2009 e 2014, dão conta de que houve transferência de US$ 3,8 milhões de Duque de contas da Suíça para Mônaco após o início das investigações da Lava-Jato.
Apesar das alegações de que o ex-diretor da Petrobras não possui contas no exterior, os investigadores possuem provas que indicam que o ex-diretor da estatal seja beneficiário de duas offshores. São elas a Milzart Overseas Holding, utilizada para ocultar a origem e propriedade de dez milhões de euros desviados de contratos da Petrobras, e a Pamore Assets, na qual outros dez milhões de euros foram ocultados.
Em setembro de 2015, Renato Duque foi condenado a 20 anos e oito meses pelos crimes de corrupção passiva, pelo recebimento de vantagem indevida em razão de seu cargo como diretor na Petrobras, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Duque responde também a outras cinco ações penais por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Os procuradores querem, ainda, que Duque devolva à Petrobras os R$ 80 milhões que estão bloqueados em contas no exterior.