As perspectivas para a economia nacional não são nada favoráveis.
Na avaliação de economistas, com base no índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma espécie de prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB), o qual atingiu seu menor nível desde março de 2012, a recessão deve ser mais forte do que se projetava.
Foi o terceiro recuo seguido e ficou acima do previsto pelos analistas de mercado.
As informações são do jornal “O Estado de S.Paulo”, que publicou matéria sobre o assunto, neste sábado (17).
Um dos entrevistados, o economista José Francisco de Lima Gonçalves, do banco Fator, chamou a atenção para o fato de que o BC também revisou para baixo os resultados dos meses anteriores.
“Nossa projeção é de queda em 3% no PIB este ano e de 1,1% em 2016. O número está sob revisão e o viés é notadamente de piora”, informou, em nota a clientes.
Já o ex-diretor de Assuntos Internacionais do BC e sócio da Schwartsman & Associados, Alexandre Schwartsman, disse que o IBC-Br caiu em 14 dos últimos 17 meses, indicando que essa será uma recessão prolongada, diferente dos outros períodos de retração dos últimos anos.
Em termos de cenário, a reportagem destaca que a consultoria GO Associados calcula agora uma queda de 1,2% do PIB no terceiro trimestre em relação ao segundo e baixa de 3,4% em comparação ao mesmo período de 2014, segundo o economista Alexandre Andrade.
Ainda segundo o jornal, “o BC projeta uma retração de 2,7% do PIB em 2015. De janeiro até agosto, a atividade econômica medida pelo IBC-Br está negativa em 2,99% e, em 12 meses, em 2,16%. O IBGE divulgou que no segundo trimestre deste ano houve baixa de 1,9% e que a contração em relação a idêntico período de 2014 foi de 2,6%.”