Num seminário realizado em Wall Street esta semana, com a participação de economistas e gestores de instituições bancárias, como Morgan Stanley e Citigroup, com foco na discussão do impacto de uma possível alta das taxas de juros nos Estados Unidos, em países emergente, o Brasil acabou sendo um dos principais destaques.
Mas a avaliação do cenário econômico do país não foi nada positiva.
Ao contrário, acabou sendo considerada pelos presentes ao debate como “caótica”, “extremamente complicada” e com uma crise política vista como “muito séria”.
É o que mostra reportagem a respeito do assunto, veiculada na edição desta sexta-feira (18), no jornal “O Estado de S.Paulo”.
No evento, promovido pela Emta, associação com sede em Nova York que reúne investidores que aplicam em mercados emergentes, economistas e analistas financeiros citaram assuntos recorrentes: crise política, ajuste fiscal, recessão, Petrobras e corrupção.
Segundo a matéria, “o país, juntamente com outros emergentes, como a Turquia e a Rússia, foi apontado como vulnerável e, portanto, mais propenso a sentir os efeitos de uma alta de juros nos Estados Unidos, amplamente esperada pelo mercado, mas ainda indefinida. ”
Diretor executivo e chefe da área econômica para emergentes do Citigroup, Guillermo Mondino, um dos participantes, destacou que “a situação no Brasil é extremamente complicada.”, mencionando a crise política, a deterioração acelerada do Produto Interno Bruto (PIB) e a falta de clareza e consenso do governo sobre o que fazer para tentar “achar uma luz no fim do túnel”.