Más notícias para quem pretende conseguir um emprego com carteira assinada em 2016. O Brasil poderá perder 2,2 milhões de vagas formais neste ano que se inicia. De acordo com especialistas em mercado de trabalho, a situação dos empregos no país só deve melhorar em 2018.
No ano passado, o desemprego atingiu principalmente o setor industrial e a construção civil. Em 2016 deve atingir com intensidade o setor de serviços e o comércio, de acordo com informações da matéria publicada hoje (1) no jornal a Folha de S. Paulo.
Serviços como alimentação, educação, lazer e turismo devem ser os mais afetados. O mesmo vale para o comércio, que depende diretamente do bolso do consumidor.
Analistas acreditam no aumento da informalidade e preveem 800 mil vagas a menos no mercado. Na opinião dos mais pessimistas, os que acreditam que o PIB vai encolher 3%, o Brasil vai perder de 2 milhões a 2,2 milhões de empregos com registro em carteira. E há ainda quem diga que até 2017 termine com 100 mil postos de trabalho a menos.
Para Fábio Romão, da LCA consultores, as más previsões são os efeitos da fraca atividade e terão defasagem de até um ano. De acordo com o especialista, os problemas de 2015 terão desdobramentos mais adiante.
Os dados mais recentes mostram que, de janeiro a novembro de 2015, foram cortadas 945 mil vagas formais. A indústria concentrou 44% da perda, seguida pela construção civil. Comércio e serviços juntos responderam por 30% das vagas fechadas.
O diretor de pesquisa econômica da GO Associados Fabio Silveira, acredita a indústria brasileira retrocedeu. “A indústria brasileira já regrediu oito anos —voltou ao mesmo nível da crise de 2008. Pode ainda haver perda no setor industrial? Pode, mas não com a mesma magnitude já vista”, explica.
Silveira afirma que taxa de desemprego na média anual sobe para 10% em 2016, se considerada a pesquisa mensal de emprego (PME) do IBGE. “São três pontos percentuais acima da taxa média de 2015 (7,1%). Em 2017, o desemprego começa a ceder, mas pouco. A previsão é a taxa média ficar no patamar de 9%”, diz Silveira.