Estimativas do banco J.P. Morgan indicam que o custo da crise no setor elétrico poderá atingir R$ 43,7 bilhões.
Reportagem do jornal Valor Econômico, edição desta quinta-feira (27), sobre o assunto, mostra que “de acordo com o banco, o impacto será menor que o projetado para este ano, da ordem de R$ 65 bilhões. Longe de ser motivada por alguma melhoria no cenário de abastecimento elétrico, a queda se deve à redução de 53% do teto do preço spot de energia para o próximo ano, para R$ 388,48 por megawatt-hora (MWh), aprovada na última terça-feira, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).”
Para o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), é preciso identificar, com clareza, a origem da crise de falta de investimentos e de planejamento e que “tem como um dos principais componentes a desastrosa intervenção da presidente Dilma, que se mostrou desconhecedora do assunto, embora tenha sido ministra de Minas e Energia.”
O parlamentar recorda que a oposição tentou alertar o governo sobre os problemas no setor elétrico. No entanto, avalia, “foi feito algo de interesse eleitoreiro, de forma irresponsável e incompetente, com consequências desastrosas para o brasileiro.”
E explica: “O consumidor sente diretamente no bolso os aumentos que superam em muito os descontos que a presidente anunciou em rede nacional. O que acaba sendo um componente que puxa a inflação. Outro fator é a ação intervencionista dela que gerou insegurança no mercado, espantou os investidores do setor, fundamental para o desenvolvimento do país.”
Ainda conforme o jornal, “do impacto previsto para este ano, segundo o Morgan, R$ 29,1 bilhões são estimados de custo de geração das térmicas, R$ 11,8 bilhões relativos à exposição involuntária das distribuidoras e R$ 23,6 bilhões previstos de déficit de geração hidrelétrica.”