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Esclarecimento – Desvios de recursos da Petrobras e pagamento de propinas ganharam efetividade a partir de 2003

logo-600x400 psdbO PSDB esclarece que os desvios de recursos da Petrobras e o pagamento de propinas investigado pela Operação Sangue Negro, noticiados por reportagem do UOL nesta quinta-feira (17/12), não podem ser ligados ao partido ou ao governo do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

Em depoimento à Justiça Federal do Paraná em fevereiro deste ano, o empresário Augusto Mendonça Neto, presidente da Setal Engenharia e executivo da Toyo Setal Empreendimentos, esclareceu que o acordo entre empresas do setor que trabalhavam com a Petrobras foi uma iniciativa das próprias empresas, que só ganhou “efetividade”, com a participação de diretores da Petrobras – Paulo Roberto Costa e Renato Duque –, a partir do ano de 2003, portanto, a partir do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segue trecho de depoimento do empresário Augusto Mendonça em que ele se refere ao que chamou de “clube de empresas”:

“Isso se refere a reuniões entre empresas que trabalhavam com a Petrobras cujo objetivo era as empresas escolherem as obras que gostariam de participar, e as demais dariam um apoio não concorrendo com a empresa escolhida. Isso foi uma iniciativa que começou talvez no final dos anos 90, sem muita efetividade, por conta de que eram poucas empresas, na época eram nove, para um mercado mais abrangente”, disse.

Em acordo de delação premiada, Augusto acrescentou que o esquema passou a ter mais efetividade a partir de 2003.

“Isso passou a ter mais efetividade a partir do ano, talvez, final de 2003, 2004, quando essas questões passaram a ser combinadas com os diretores da Petrobras, de modo que as empresas convidadas fossem aquelas que estivessem participando dessas ações, desse clube. A partir daí a ação passou a ser mais efetiva”, afirmou.

Segundo o delator, em 2006 foram incluídas novas empresas no esquema, que continuou operando da mesma forma até o ano de 2012, já no governo da atual presidente da República Dilma Rousseff.

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