Brasília (DF) – Dois executivos da companhia holandesa SBM fecharam um acordo com o Ministério Público Federal e vão pagar multa de R$ 250 mil cada um para se livrarem de processo que apura fraudes em licitações da Petrobras. O presidente da SBM Off-shore, Bruno Chabas, e o membro do conselho fiscal Sietze Hepkema foram citados em denúncia da Procuradoria que identificou o pagamento de US$ 42 milhões em propinas.
Segundo reportagem desta terça-feira (26/01) publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, o objetivo dos pagamentos era garantir contratos com a estatal. Em nota, a SBM destacou que os acordos, que ainda não foram confirmados pela Justiça, não se tratam de uma confissão de culpa, e sim de uma “oportunidade pragmática” de evitar um longo processo judicial.
A empresa disse ainda que “mantém sua opinião de que as acusações são sem mérito”. A SBM é fornecedora de plataformas de produção de petróleo para a Petrobras.
Vale lembrar que a companhia tem diversos funcionários acusados de pagar propinas a funcionários da Petrobras. O caso começou a ser investigado antes das descobertas da Operação Lava Jato e, por isso, corre na Justiça do Rio de Janeiro.
A SBM também já assinou um acordo com o Ministério Público da Holanda, no qual admitiu ter pago US$ 139 milhões em propina no Brasil, e negocia um acordo de leniência com o governo federal.