Brasília (DF) – Os cortes promovidos pelo governo federal em pelo menos sete programas sociais jogam por terra as principais bandeiras de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Defendidos como prioridades para o segundo mandato da petista, programas como o “Farmácia Popular” e “Minha Casa Melhor” sofrem cortes bilionários. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, lamentou, por meio de sua página no Facebook,os cortes. Segundo ele, a diminuição nos repasses “prova o uso eleitoral” de programas sociais.
Na avaliação do tucano, falta “coragem” à presidente Dilma para assumir a responsabilidade pela situação que vive hoje o Brasil.
“Lamentavelmente, o que ocorre no Brasil, hoje, prova o uso meramente eleitoral de programas sociais que poderiam auxiliar as famílias brasileiras. Mesmo com o corte drástico de pelo menos sete programas essenciais para a população, ainda falta à presidente coragem para vir a público assumir a responsabilidade de seu governo pela conta que a sociedade está tendo que pagar”, disse.
Cortes
Reportagem do jornal O Globo desta segunda-feira (19) destacou que, somente em dois programas (Pronatec e Aquisição de Alimentos), os gastos previstos no orçamento de 2016 caíram R$ 2,487 bilhões em relação à previsão deste ano. No orçamento do próximo ano do “Farmácia Popular”, o governo cortou R$ 578 milhões para subsídios na compra de medicamentos vendidos na rede conveniada, o que permite descontos de até 90% no preço dos remédios.
Ainda segundo a publicação, o programa Minha Casa Melhor teve suas contratações suspensas em fevereiro deste ano. Já o Água para Todos, destinado a garantir água para regiões carentes, teve uma queda de R$ 550 milhões, se comparado com o orçamento de 2014. No caso do Fies, a oferta de vagas do primeiro para o segundo semestre de 2015 ano caiu 75%.