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“Falta de compromisso do governo com população”, diz Gomes de Matos sobre veto a reajuste do Bolsa Família

raimundo gomes de matos foto PSDB na CamaraBrasília (DF) – O veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste do Bolsa Família pela inflação repercutiu entre a bancada do PSDB. A petista sancionou, no primeiro dia do ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com mais de 50 vetos, negando a correção às 13,9 milhões de famílias do programa. O projeto para o aumento do benefício é do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), a decisão de Dilma reflete a “falta compromisso” do governo com a população que mais necessita de assistência.

“A presidente Dilma mais uma vez demonstra a sua falta de compromisso com os programas e a seriedade de governo. O programa Bolsa Família, principalmente para o Nordeste, é um fortalecimento da área econômica dos pequenos municípios, da população de baixa renda. É triste ver a presidente Dilma, que é a promotora da inflação no nosso país, não reconhecer que há sim uma necessidade de reajuste”, lamentou.

Ao propor o reajuste de 11,6% do programa, o senador Aécio Neves justificou a necessidade de recomposição do poder de compra das famílias beneficiárias, principalmente, neste momento de crise econômica pela qual passa o Brasil. Os vetos à LDO ainda terão que ser apreciados pelo Congresso Nacional, que poderá derrubá-los se para isso houver votos da maioria absoluta dos parlamentares.

Mobilização

Segundo o tucano, a oposição vai trabalhar para a derrubada do veto. “É difícil derrubar um veto, mas devemos nos mobilizar, porque cada vez mais a situação vai se agravar com o número do desemprego alto e isso gera a instabilidade na economia dos pequenos municípios”, afirmou.

Em razão da recessão econômica, o Bolsa Família correu o risco de sofrer um corte de R$ 10 bilhões de reais neste ano. O texto final, no entanto, foi aprovado sem o corte, e o programa acabou ganhando um montante extra de R$ 1,1 bilhão em 2016. O reajuste para cada beneficiário será na média de R$ 3 reais apenas, ficando abaixo da inflação.

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