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Fernando Baiano reconhece assessor de Palocci que teria recebido R$ 2 mi para caixa 2 de Dilma

cms-image-000405476O lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, reconheceu a pessoa que intermediou a doação de R$ 2 milhões para o caixa dois da campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010. De acordo com o relato feito pelo lobista à Polícia Federal nesta quinta-feira (14), Charles Capella, ex-assessor do ex-ministro Antônio Palocci, teria sido o interlocutor da barganha durante uma reunião numa casa em Brasília. Nessa época, Palocci era um dos coordenadores da campanha da Dilma à Presidência.

Por meio de seu advogado Sérgio Riera, Baiano informou que nesta casa aconteceu uma reunião para tratar da propina e que, apesar de Capella estar no imóvel, ele não teria participado do encontro, conforme matéria publicada hoje (15) no jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o lobista, além de Palocci, participou da reunião o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Palocci e Capella negam ter participado do encontro e dizem nunca ter se reunido com Baiano nem conhecê-lo. Segundo a assessoria de Palocci, Baiano mente.

Já o doleiro Alberto Youssef não reconheceu Capella como sendo a pessoa para quem entregou R$ 2 milhões em hotel em São Paulo, em 2010. Em seu acordo de delação premiada, Youssef disse que a entrega dos R$ 2 milhões ocorreu num hotel na avenida Faria Lima, na capital paulista, a pedido de Costa. O doleiro admitiu que entregou o montante para alguém que tinha “aparência de um motorista”.

A defesa de Capella disse que ele viu Youssef e Baiano pela primeira vez na acareação desta quinta e que não conhece Costa.

Baiano também participou de outra acareação organizada pela PF nesta quinta-feira (14). Desta vez com o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Durante o depoimento Bumlai negou que tenha agendado a suposta reunião entre Costa, Baiano e Palocci.

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