A grave crise econômica enfrentada pelo Brasil, marca do desgoverno de Dilma Rousseff, deve fazer da indústria siderúrgica sua mais nova vítima em 2016. O cenário de profunda recessão deve ser a causa do desligamento de mais altos-fornos no ano que se iniciou na sexta-feira, conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo neste sábado (2/1).
A reportagem cita a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que suspenderá os trabalhos em um de seus altos-fornos na usina de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, o que vai causar uma redução de 30% na produção de aço da empresa.
Presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro avalia que a retração nos números de venda de aço 2016, na comparação com o ano passado, será de 6%. “O primeiro trimestre de 2016 já começará muito ruim, ainda mais na base de comparação, já que o primeiro trimestre de 2015 foi relativamente bom. O ano será difícil para as usinas, tendo em vista as projeções de queda da atividade industrial”, lamentou.
A previsão de um ano difícil para o setor é compartilhada por Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr). Ele acredita que o número de demissões deve crescer em 2016, por conta do que ele afirma ser a pior crise enfrentada pelo setor na história.
As dificuldades no mercado interno devem fazer com que as empresas busquem soluções no exterior. Apesar disto, a ociosidade da indústria mundial puxa os preços para baixo, o que deve tornar a vida das empresas siderúrgicas brasileiras ainda mais complicadas.