Brasília (DF) – Por conta do aumento de preços do gás de botijão, alimentos e impostos, patrocinados pela crise econômica conduzida pelo governo Dilma, a inflação oficial atingiu o patamar de 7,64% ao ano, o maior índice para o período desde 2003. As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (7/10) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O acúmulo de 7,64% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerando o período de janeiro a setembro desse ano, está bem acima do centro da meta estipulada pelo governo, que é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. No mesmo período do ano passado, o índice estava em 4,61%.
No acumulado de 12 meses, a inflação já chega aos 9,49%. A reportagem da Folha lembra ainda que os níveis inflacionários ainda não refletem o reajuste da gasolina promovido pela Petrobras no mês passado. De acordo com a publicação, a alta inflação é uma vilã dos brasileiros porque corrói a renda, empobrece a população e desestimula negócios e investimentos.
Inflação nos dois dígitos
Ouvido pela Folha, o economista do Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves Melo, avaliou que existe uma grande chance da inflação “chegar a dois dígitos para o fim do ano”.
Um dos quesitos que contribuiu para isso foi o gás de botijão, que foi isoladamente a maior fonte de contribuição para a inflação, com uma alta de 12,98% no mês. O aumento é resultado do reajuste promovido pela Petrobras no preço do gás nas refinarias.
Outros vilões dos níveis inflacionários em setembro foram os preços na habitação, que tiveram aumento de 1,30%, transportes, 0,71%, e alimentação e bebidas, 0,24%. Os três são grupos básicos na constituição do orçamento das famílias brasileiras.