Brasília (DF) – A Infraero, empresa responsável por administrar aeroportos pelo país, terá que demitir quatro mil funcionários para se ajustar às novas concessões de aeroportos. O número representa cerca de 33% do quadro de empregados. A estatal oferecerá a alternativa do Plano de Demissão Voluntária (PDV), que esbarra na falta de recursos da empresa para pagar as indenizações. As informações são do jornal O Globo desta quarta-feira (11).
De acordo com a reportagem, em 2012 , na época da primeira rodada de privatização da Infraero, foram desligados 1.408 empregados. Outros 2.454 já aderiam ao programa, mas, diante da falta de recursos para pagar as demissões, estão sendo mantidos pela empresa. O problema foi discutido na última segunda-feira (9) entre o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, e a presidente Dilma Rousseff.
Os aeroportos de Brasília, Guarulhos, Viracopos, Confins e Galeão já foram privatizados. O restante da meta de 4 mil demissões voluntárias deve ser atingido com funcionários que trabalham em outros quatro aeroportos previstos para concessões: Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Florianópolis. A expectativa da pasta é realizar os leilões em maio ou junho de 2016.
Segundo o jornal, para assegurar os recursos ao PDV, a primeira parcela da outorga paga pelos novos concessionários deve ser destinada à indenização dos funcionários da Infraero. Atualmente, os recursos são direcionados ao Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac), que está sendo contingenciado pelo Tesouro Nacional. Pelas contas da SAC, serão necessários pelos menos R$ 720 milhões.