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Irregularidades devem levar TCU a rejeitar as contas de Dilma

Dilma_desapropria_terras para Quilombolas_ 9131Brasília (DF) – Doze irregularidades que contrariam a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária levarão, pela primeira vez em 80 anos, o Tribunal de Contas da União (TCU) a rejeitar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. O julgamento deve ocorrer na próxima quarta-feira (7) pelos demais ministros.

O jornal O Globo deste sábado (3) apontou as 12 irregularidades. Confira abaixo os principais votos de Augusto Nardes.

“Pedaladas”: Pagamento de despesas de Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial com recursos da Caixa, devido ao represamento dos repasses pelo Tesouro em 2013 e 2014 (as “pedaladas fiscais”).

Minhas Casa, Minhas Vida: Pagamento de despesas do Minha Casa Minha Vida com adiantamentos do FGTS entre 2010 e 2014 (também uma “pedalada”).

BNDES: Adiantamentos do BNDES à União referentes a subsídios de empréstimos entre 2010 e 2014 (uma “pedalada”).

Eletrobras: Gastos além dos valores aprovados por parte de oito estatais vinculadas a Eletrobras, Petrobras e Telebras.

Sem previsão: Pagamentos de despesas sem previsão no orçamento de três estatais ligadas a Petrobras e Eletrobras.

Crédito: Em vez de o governo fazer contingenciamento de R$ 28,54 bilhões, necessários para cumprir a meta fiscal, decreto de novembro de 2014 determinou crédito adicional de R$ 10,1 bi.

Superávit: O decreto foi usado para influenciar a aprovação pelo Congresso da alteração da meta de superávit primário.

Restos: Lançamento irregular em restos a pagar de despesas de R$ 1,3 bi referentes ao Minha Casa Minha Vida.

Dívidas: Cálculo da meta fiscal não incluiu dívidas do governo com BB, BNDES e FGTS.

Trabalho: Governo ignorou pedido de suplementação orçamentária do Ministério do Trabalho, o que levou a um contingenciamento de verbas menor que o necessário.

Créditos: Decretos presidenciais abriram créditos orçamentários sem autorização do Congresso Nacional.

As duas sugestões de aprovação com ressalvas

Prioridades: Falta de uma lista de prioridades do governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Plano Plurianual: Parcela de metas do Plano Plurianual 2012-2015 não era confiável, por haver distorções.

A defesa procedente

FGTS: Foi aprovado o pagamento de dívida junto ao FGTS sem autorização orçamentária.

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