O menor preço do petróleo dos últimos 11 anos levou as gigantes do setor a reduzir investimentos e diminuir a oferta de empregos na área. Com o valor do barril em cerca de US$ 37, os preços do petróleo estão muito abaixo dos R$ 60 que empresas como Total, Statoil e BP precisam para equilibrar os dividendos exigidos pelos investidores.
Além do corte de gastos, as petrolíferas internacionais estão vendendo ativos e atrasando projetos, já que não há perspectiva de uma possível recuperação na queda do preço do petróleo. De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira (4), as produtoras norte-americanas Chevron e Conoco Phillips publicaram os planos de corte no orçamento de 2016 por um trimestre. Mais US$ 5 bilhões em cortes foram anunciados pela Royal Dutch Shell, caso se consolide a aquisição da BGGroup.
Também segundo o Estadão, os investimentos globais em petróleo e gás devem cair para o nível mais baixo nos últimos seis anos em 2016, atingindo US$ 522 bilhões. No ano passado, houve uma queda de 22% e chegou a US$ 595 bilhões conforme informações da consultoria Rystad Energy, sediada em Oslo. “Esta será a primeira vez, desde a crise de preços do óleo de 1986, que veremos um declínio nos investimentos por dois anos consecutivos”, disse o vice-presidente de Mercados de Petróleo e Gás da Rystad Energy, Bjoernar Tonhaugen, ouvido pela Reuters.