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Mais uma promessa do governo Dilma não cumprida: atraso nas obras de transmissão de energia chega a 62%

Energia Eletrica Foto DivulgacaoO governo da presidente Dilma Rousseff não conseguiu reduzir os atrasos em obras do setor de energia no Brasil. De acordo com o mais recente relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 62,32% das linhas em construção no país não ficarão prontas na data originalmente prevista, 27,2% estão dentro da normalidade e apenas 9,63% dos projetos estão adiantados.

Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), os atrasos nas obras demonstram a incapacidade de gestão do governo Dilma. “O governo não tem gestão, não tem planejamento. É um governo do improviso, vai lá e faz, não tem projeto, está mais preocupado em receber propinas e o resultado é isso aí. Não tem previsão, não tem programação para as entregas dos prazos necessários que possa abastecer o país. Com essa improvisação do governo é que não se planeja, não dá para saber do futuro [da matriz energética]”, disse o tucano que não descarta um novo apagão no país.

Segundo matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta terça-feira (5), a Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade (SFE) da Aneel, que acompanha mensalmente o andamento das obras de transmissão, constatou que dos 363 empreendimentos de expansão da rede básica monitorados no último mês de dezembro, 220 estão atrasados. O relatório da Aneel aponta ainda que o atraso médio nessas obras é de 502 dias, ou seja, mais de um ano e quatro meses e o maior gargalo é o licenciamento ambiental.

Ao todo, 71,2% das linhas de transmissão estão atrasadas devido à demora na obtenção das autorizações junto aos órgãos de meio ambiente. A agência reguladora do setor de energia elétrica destaca também que 66,7% dos empreendimentos em construção têm atrasos na confecção dos projetos e de contratos. As fases posteriores aos cronogramas também são contaminadas pelo atraso, como a compra de materiais (66,5%) e a própria execução física das obras (39,2%).

Além dos atrasos recorrentes nos projetos do segmento de transmissão, o governo Dilma obteve pouco sucesso nos últimos leilões do ano passado. A maioria dos lotes de linhas ofertados ao setor privado não foi vendido, apenas 4 dos 12 lotes de linhas de transmissão oferecidos atraíram algum interessado. Conforme o Estadão, a promessa é que a licitação de parte das linhas projetadas em 2016 passe a ser atrelada aos empreendimentos de geração

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