Brasília (DF) – Após a declaração do ministro da Saúde, Marcelo Castro, de que o Brasil estaria “perdendo feio” a batalha contra o mosquito Aedes aegypti e que o país enfrenta, com o avanço do zika, “uma das maiores crises de Saúde Pública” da história, as Forças Armadas vão pôr 220 mil homens para visitar todos os domicílios brasileiros e entregar panfletos. Além disso, o governo federal vai distribuir repelentes gratuitamente para 400 mil grávidas do Bolsa Família. As medidas, para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), demonstram a incompetência do PT para a gestão da saúde pública.
“Infelizmente, o governo toma essa iniciativa tardiamente. O PT não fez o saneamento básico, não repassou os recursos para os municípios fazerem a capacitação dos agentes de endemias e muito menos proveu o material necessário para os profissionais fazerem suas atividades. É triste, mas hoje não temos uma estimativa de quantos mil brasileiros serão acometidos pela microcefalia”, declarou.
Medidas paliativas
De acordo com reportagem do jornal O Globo, o ministro se encontrará na quarta-feira (27) com um fabricante de repelentes para calcular e estipular a quantidade necessária para atender às 400 mil grávidas beneficiárias do Bolsa Família e estudar a viabilidade da distribuição.
Segundo o tucano, a ação reflete a “cultura do PT” de fazer medidas “paliativas”, que simplesmente “protelam” a crise na Saúde instalada no país. “Não adianta. Mesmo o cidadão usando repelente, não significa que ele está imune totalmente. É preciso que o governo fiscalize de verdade e tome medidas que ajudem a erradicar o Aedes aegypti do Brasil de uma vez por todas. O governo peca pela falta de compromisso com os avanços das pesquisas”, completou.
O jornal citou ainda que, em comunicado emitido ontem (25), a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que o vírus zika vai se espalhar por todo o continente americano. Segundo a OMS, Canadá e Chile serão as duas exceções. De maio até agora, 21 países do continente registraram ocorrências do vírus. “O vírus zika continuará a avançar e provavelmente alcançará todos os países e territórios na região onde mosquitos Aedes são encontrados”, afirmou a OMS.