
“A crise na Petrobras, atingida pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF), e a queda no preço do petróleo no mercado internacional já resultaram no fechamento de 30,5 mil vagas no setor de petróleo e gás no primeiro semestre deste ano no país.”
É o que destaca o jornal “O Globo”, na edição desta quinta-feira (15).
Ao analisar os números, por meio dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rodrigo Leandro de Moura, aponta tendência de crescimento.Das 34,5 mil vagas fechadas entre janeiro e junho, 22,6 mil são do setor de extração de petróleo. O restante (7,8 mil) é do segmento de fabricação de produtos derivados de petróleo, como refino.
“A conjuntura da economia brasileira não ajuda, e o cenário externo, com o preço do petróleo, também vem obrigando as empresas a demitirem”, disse Moura, ao jornal.
O deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) lamenta o contexto nacional e critica a má gestão do governo nos últimos anos na condução de setores como petróleo, gás e energia.
Ele destaca: a energia é o segundo fator de importância estratégica; primeiro, vem a alimentação.
O parlamentar tucano cita como exemplo de erros estratégicos na condução da política energética a desvalorização da Petrobras no mercado internacional, bem como projetos de novas refinarias que, segundo ele, só ficaram no papel.
E reitera: as demissões são consequência de estratégias mal geridas.