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Ministério da Fazenda alerta: Pronatec não consegue reinserir desempregados no mercado de trabalho

carteira_de_trabalho_0-300x199Brasília (DF) – Um levantamento feito pelo Ministério da Fazenda e apresentado nesta quinta-feira (24/9) mostra que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) não tem sido um diferencial na hora de ajudar um desempregado a se reinserir no mercado de trabalho. As informações são de reportagem publicada nesta sexta-feira (25) no jornal O Globo.

A pesquisa acompanhou a trajetória de 160 mil pessoas que perderam o emprego a partir de 2011 para verificar se elas tinham conseguido voltar ao mercado de trabalho até dezembro de 2013. Dois grupos foram comparados: pessoas que concluíram cursos do Pronatec na modalidade Formação Inicial e Continuada (FIC) — que representa 72% das 8,1 milhões de matrículas do programa no país — e pessoas que fizeram apenas a pré-matrícula, mas não continuaram o curso.

O estudo apurou que não existem “diferenças significativas” na probabilidade de conseguir um emprego entre quem não fez os cursos do Pronatec e quem fez. A bolsa de formação também não garante ganho salarial, com exceção de alguns estados, como Amapá e Rondônia.

Para o deputado federal Domingos Sávio (PSDB), o governo da presidente Dilma Rousseff conduz equivocadamente um programa de profissionalização que é “extremamente necessário e importante no Brasil”.

“O PT fez do Pronatec um carro de propaganda. Gastou mais com propaganda do que com investimentos, qualificação dos técnicos e material pedagógico. Não houve compromisso com a qualidade do curso, ou com a frequência dos alunos. Sou testemunha de cursos que ocorreram com frequência de alunos menor que 50%, sem o menor compromisso e com ufanismo na propaganda”, afirmou.

Desrespeito com a educação

O deputado acrescentou que outro aspecto preocupante do programa foram as contratações em alta escala feitas durante o período eleitoral, “se preocupando com quantidade, e não com qualidade”. Para Domingos Sávio, “a mistura de corrupção com incompetência” e o uso inadequado do dinheiro público trazem resultados “trágicos”.

“Gasta-se o dinheiro e não se produz as melhorias sociais necessárias. A ideia e o programa continuam absolutamente necessários. Precisamos sim de um programa de profissionalização, mas isso não pode ser instrumento de política eleitoral. O PT usou recursos da educação de maneira eleitoreira, e o Pronatec é exemplo disso. Isso é um desrespeito enorme com a educação”, completou.

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