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MP pede quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro Gilberto Carvalho e de empresas do filho de Lula

http---fotospublicas.s3.amazonaws.com-files-2014-12-937972-povos-7Brasília (DF) – Procuradores à frente da Operação Zelotes e a Receita Federal pediram a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e também da LFT Marketing Esportivo e mais duas empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são de reportagem desta quinta-feira (19/11) do jornal O Globo.

A Receita Federal sugeriu a quebra dos sigilos por conta das investigações da Operação Zelotes, que apuram a atuação de um grupo de lobistas, supostamente chefiado pelo ex-vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Mauro Marcondes. Os lobistas teriam recebido mais de R$ 32 milhões pela compra de uma medida provisória favorável a montadoras de veículos.

A Polícia Federal investiga diversos políticos e servidores públicos que tiveram contato com Mauro Marcondes durante as negociações da medida provisória, editada em 2009 pelo ex-presidente Lula. Em depoimento, o ex-ministro Gilberto Carvalho contou à PF que agendou reunião entre o lobista e Lula.

Os investigadores da Operação Zelotes também querem aprofundar a apuração sobre pagamentos de R$ 2,4 milhões de uma empresa de Marcondes para a LFT Marketing Esportivo, pertencente ao filho de Lula.

Para o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), o Ministério Público Federal não pede a quebra de sigilos bancário e fiscal “de maneira impune”.

“Existem indícios fortes. As provas estão sendo cada vez mais materializadas em volta do ex-ministro Gilberto Carvalho, que era a figura da maior confiança do ex-presidente Lula, e também do filho do ex-presidente Lula, com relação às empresas em que ele teria recebido R$ 2,5 milhões por serviços que não ficaram devidamente esclarecidos e comprovados. Isso significa que, cada vez mais, a Polícia Federal e o Ministério Público se aproximam de quem seria o principal mentor e responsável por esse mar de lama que aconteceu no Brasil”, afirmou.

O parlamentar criticou a postura do ex-ministro Gilberto Carvalho, que alegou que marcou a reunião entre Lula e o lobista, “que estava interessado em benesses para o setor automotivo”, mas não sabia qual era o assunto do encontro. “Eu diria até que isso é querer debochar com a opinião da população brasileira. Cada vez mais, vai se vendo que são fantasias”, avaliou.

“O governo verdadeiramente instalou quadrilhas, não apenas dentro da Petrobras, mas também em outras organizações. Medidas provisórias foram feitas para atender interesses equivocados, e isso tudo agora está vindo à tona, e a população cada vez mais indignada porque esse tipo de ação acabou danificando, destruindo a economia e prejudicando empregos, trazendo a inflação de volta. Tudo isso aí tem que ser creditado ao ex-presidente Lula”, completou Imbassahy.

 

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