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Noruega investiga rede de propinas envolvendo Petrobras e empresa escandinava

DEPUTADOS DA CPI DA PETROBRAS FAZEM VISITA TÉCNICA À SEDECerca de R$ 140 milhões podem ter sido pagos em propinas para ex-diretores da Petrobras, agentes e autoridades no Brasil para permitir que empresas da Noruega fechassem acordos com a estatal brasileira. É o que aponta uma investigação no país escandinavo.

De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira (25), o envolvimento de empresas norueguesas na operação Lava Jato tem abalado a credibilidade do setor privado e da indústria do petróleo, em grande parte responsável pela transformação da Noruega em um dos países mais ricos do mundo.

O Estadão teve acesso a trechos confidenciais de uma investigação interna da empresa Sevan Drilling que mostra que 300 milhões de coroas norueguesas (R$ 141 milhões) podem ter sido enviadas para contas na Suíça, nas Ilhas Virgens Britânicas, no Panamá e em Mônaco. A suspeita é de que parte desse dinheiro tenha sido usada para corromper a antiga direção da Petrobras. A empresa Sevan Drilling teria usado Raul Schmidt Felippe Junior, representante da estatal no Rio de Janeiro, para fazer os pagamentos.

Segundo o Estadão, uma auditoria feita pelo escritório Selmer, em Oslo, concluiu que “é provável que pagamentos ilegais tenham sido feitos para garantir contratos com a Petrobras”. A propina seria para a compra de instalações para estocagem e navios, além de material para perfuração das subsidiárias Sevan Driller e Sevan Brasil. “Tais atos podem potencialmente representar um crime financeiro”, indicou a auditoria.

No Brasil, Schmidt é investigado na Lava Jato como “parceiro” do ex-diretor da área de Internacional da Petrobras, Jorge Zelada – ambos mantinham a empresa TVP Solar, com sede em Genebra. Conforme ainda as investigações, ele teria feito parte de operações para camuflar recursos desviados da estatal.

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