A 23ª fase da Operação Lava Jato teve início na manhã desta segunda-feira (22) e tem como alvo o publicitário João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais do PT, além da empreiteira Odebrecht. A força-tarefa investiga indícios de pagamentos da Odebrecht ao marqueteiro das campanhas de Dilma Rousseff em contas no exterior.
Há mandado de prisão contra o marqueteiro, que está atualmente na República Dominicana, onde trabalha na campanha de reeleição do presidente Danilo Medina.
A Polícia Federal (PF) está fazendo busca e apreensão nos apartamentos de Santana em Salvador. Os mandados são cumpridos nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. As informações são da matéria publicada hoje (22) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O coordenador jurídico e um dos vice-presidentes do PSDB, deputado federal Carlos Sampaio (SP), afirmou ao Broadcast Político da Agência Estado que a decretação da prisão de Santana vai reforçar ainda mais a ação do PSDB junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação do mandato da Dilma e do vice-presidente Michel Temer.
Sampaio ressalta que a atitude da PF é importante. “É relevante e só faz tornar mais robusta as provas das ações movidas pelo partido, que já contam com cinco delações premiadas e um ofício do juiz Sérgio Moro dizendo ter havido dinheiro de propina na campanha”, disse.
Para o parlamentar, a decisão evidencia “de forma mais categórica” que houve caixa dois na campanha à reeleição de Dilma. Sampaio observou que, se ficar comprovado que os recursos que abasteceram contas atribuídas a Santana no exterior foram de dinheiro com origem de fora do País, o PT poderá ter o registro cassado. Ele afirmou que o partido avalia essa situação para questionar no TSE.