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Novo aumento: Banco Central sinaliza alta de juros para controlar inflação

Banco Central Foto BCBrasília (DF) – O Banco Central (BC) voltou a sinalizar que deverá aumentar ainda mais os juros básicos, que estão em 14,25% ao ano, a fim de tentar conter a crise econômica. A ordem no governo federal é deixar o BC fazer o que for preciso para controlar a inflação, que fechou o ano passado em alta de 10,67%, bem acima do teto da meta, de 6,5%. As informações são do jornal O Globo desta segunda-feira (11). Para o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB-GO), o aumento da taxa de juros é “absurdo” e impacta diretamente no índice de desemprego.

“É uma medida que pune o setor produtivo e ainda mais a economia, prejudicando muito a geração de empregos. O governo chega a esse momento de crise de uma forma tão desesperada que, para conter a inflação, tem que punir ainda mais os trabalhadores e cidadãos brasileiros”, afirmou.

O jornal cita que a provável alta de juros será a primeira medida do BC desde que o presidente do órgão, Alexandre Tombini, atribuiu, em carta aberta enviada na sexta-feira (8) para explicar os motivos do estouro da meta de inflação, o aumento de preços a decisões da equipe econômica. De acordo com a reportagem de O Globo, a percepção de integrantes da equipe econômica é que, se nada for feito, o país pode entrar num “limbo inflacionário”, ou seja, a inflação cairia para algo em torno de 8% ou 7% e não cederia mais.

Segundo o tucano Alexandre Baldy, o cenário é reflexo do “desarranjo fiscal” provocado pelo governo da presidente Dilma Rousseff. “Vivemos um momento de desespero. O PT não conseguiu atuar para conter o desemprego e os gastos, levando a esse desarranjo fiscal que estamos vivendo. É uma gestão que se utiliza de argumentos baixos e chulos para que possa elevar a taxa básica de juros, enganando e punindo a economia real”, criticou.

O presidente do BC atacou principalmente os erros na política fiscal, como o envio de um orçamento com previsão de déficit, em julho. De acordo com ele, a piora da percepção sobre as contas públicas contribuiu para a interrupção do processo de ancoragem de expectativas.

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