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Número de casos confirmados de microcefalia sobe 49,6% em uma semana no país

AedesO número de casos de microcefalia está crescendo de forma alarmante no Brasil. O boletim divulgado nesta terça-feira (2) pelo Ministério da Saúde aponta que, até 30 de janeiro, o número de casos já confirmados subiu 49,6% no país em uma semana, passando de 270 para 404. Já o número de casos suspeitos subiu 14,4% no mesmo período, de 4.180 para 4.783 – destes, 3.670 casos continuam sob investigação (222 a mais que na semana passada) e 709 já foram descartados.

“Infelizmente, esse desgoverno está acabando com o país em todas áreas, piorando as condições da população brasileira e na saúde não fica atrás. Temos problemas na área da educação, de infraestrutura, na segurança pública, mas agora além de [o governo Dilma] não fazer nada, não ajudar, tira o pouco do dinheiro da peça orçamentária do Ministério da Saúde. Fala muito e não faz nada. Então estamos assistindo aí mais uma vez um processo de muita mentira, de muita conversa, sem uma atuação firme para tentar acabar com a epidemia que está se avolumando a cada dia”, critica o deputado federal Lobbe Neto (PSDB-SP).

O zika vírus foi decretado, nesta segunda (2), como emergência internacional de saúde pública (Pheic, na sigla em inglês) pela diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, em Genebra. A decisão já era esperada e foi tomada após ouvir o parecer de um comitê de 18 especialistas internacionais.

De acordo com matéria do jornal O Globo desta quarta-feira (3), o Ministério da Saúde informou também que em 17 casos de microcefalia ficou comprovada a relação com o zika vírus, embora a OMS ainda não reconheça esta relação oficialmente. As mortes supostamente relacionadas à doença também subiram, de 68 para 76. Atualmente, há 22 unidades da Federação com transmissão interna de zika no país: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. O Nordeste tem 82% dos casos suspeitos.

Mosquito é “danado”

Uma semana após ter declarado que o Brasil “está perdendo feio” a guerra contra o Aedes aegypti, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, soltou mais uma frase controversa ao discursar, nesta terça, para integrantes do Conselho Nacional de Saúde. Segundo O Globo, quando falava sobre as “estratégias eficientes” usadas pelo Aedes, ele chamou o mosquito de “danado”.

“Este mosquito não é brincadeira, ele tem estratégias eficientes de propagação. Se a gente não tiver cuidado e toda semana limpar aquela tela (de bebedouros), o danado do mosquito vem e põe os ovos dele ali, e vira criadouro. Uma das estratégias do Aedes para se proliferar é pôr seus ovos em bandejas que ficam atrás de geladeiras do tipo ‘frost free’”, disse o ministro, acrescentando que o “mosquito gosta de sombra e água fresca”.

Lobbe Neto criticou o comportamento do ministro Marcelo Castro. “É muita conversa, é jogar para a TV, preparar para a foto, mas na realidade é um desgoverno, um desentendimento geral e uma máquina inchada, muitos ministros. Falta respaldo da presidente Dilma para que o ministro da Saúde possa gastar e implementar programas para o combate às epidemias e endemias [no país]”.

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