Brasília (DF) – O número de pessoas desempregadas no Brasil atingiu um recorde nunca antes visto na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad): 8,6 milhões no trimestre até julho deste ano. A busca por trabalho também não para de crescer em todo o país. Em apenas um ano, 1,8 milhão de pessoas ficaram desempregadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As informações são de reportagem desta quarta-feira (30/9) publicada no jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, a taxa de desocupação saltou para 8,6% no período, também a maior registrada desde o início da série do Pnad, em 2012.
As estatísticas mostram que a perda de empregos formais, com carteira assinada, tem sido o maior motivo para o aumento dos níveis de desemprego no país. Em um ano, de julho de 2014 a julho de 2015, o Brasil perdeu 927 mil vagas. Para o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, isso se traduz em “perda de estabilidade”.
“Na falta de opção de um emprego estável, além de buscar se inserir no mercado de trabalho, você leva pessoas do seu domicílio para tentar recompor essa estabilidade”, disse ao Estadão.
A declaração do coordenador do IBGE explica a porcentagem de 1,8 milhão de pessoas que decidiram ir atrás de um posto de trabalho até julho deste ano, ante o mesmo período de 2014. O aumento foi de 26,6% no número de desempregados.