O Tribunal de Contas da União apontou suspeita de superfaturamento no contrato firmado entre a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a OAS. De acordo com as investigações, o empreiteiro da OAS Léo Pinheiro pediu para que o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner interferisse junto ao Ministério dos Transportes, enquanto ele ainda governava o Estado da Bahia, para liberar um valor adicional de R$ 41,760 milhões para uma obra na capital baiana.
O pedido de ajuda de Pinheiro foi revelado nesta quinta-feira (7) pelo jornal Estado de S. Paulo. Ao analisar o contrato de R$399,705 milhões, o TCU identificou um volume de pedidos de materiais muito acima daqueles previstos no projeto básico. Segundo os auditores o preço da obra foi inflado em R$ 9,368 milhões.
O diretor de operações da Conder, Armindo Gonzales Miranda reconheceu que houve irregularidades na quantidade de itens incluídos na obra, mas culpou a falta de tempo que o órgão teve para informar o Dnit sobre as necessidades do projeto. Miranda afirmou que a pressa contribuiu para os erros.
Entretanto, o TCU averiguou que o órgão teve quatro meses, prazo que foi estendido em mais de seis meses. Miranda teve seus argumentos rejeitados e foi multado em R$ 3 mil.
O Dnit era o principal financiador do projeto, responsável pelo aporte de R$ 339,3 milhões que incluíam contratações de obras civis, despesas com desapropriações e construção de passarelas