Brasília (DF) – Os brasileiros devem preparar os bolsos para gastar ainda mais com combustíveis, gás de cozinha, passagens de ônibus e a conta de luz. Isso porque os aumentos promovidos pelo governo federal neste ano devem permanecer até o final de dezembro e continuar em 2016. Segundo o Banco Central, os preços administrados terão alta de 17,7% em 2015. A gasolina deverá subir 17,6%, o botijão de gás 21,7%, e a energia elétrica 52,3%.
As informações são de reportagem desta sexta-feira (4/12) do jornal Correio Braziliense. As perspectivas para o ano que vem também não são nada animadoras. O Banco Central espera que os preços administrados subam pelo menos 5,9%. De acordo com o analista da Tendências Consultoria, Marcio Milan, os reajustes pesarão no bolso dos consumidores em 2016, e deverão ter uma alta de pelo menos 8,35%.
Para o deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), a gestão da presidente Dilma Rousseff já provou ser “incompetente” e “inoperante” quando se trata da situação econômica do país.
“Nós estamos deixando de ser um país em recessão para sermos um país em depressão econômica. Às vezes as pessoas não sabem o que é isso, mas é algo extremamente grave e sério. Falta de dinheiro, falta de emprego e inflação alta é um buraco sem volta. E aí, qual é o remédio que o governo tem para aumentar a sua arrecadação, para cobrir os seus buracos administrativos? Porque não quer cortar na pele, não quer cortar salários, não quer cortar benefícios de companheiros, não quer diminuir o inchaço do Estado, diminuir os programas – alguns que nem sociais são. A lista é grande”, afirmou.
O parlamentar criticou a solução encontrada pelo governo: aumentar tarifas para aumentar a arrecadação, cobrindo déficits e rombos bilionários no orçamento.
“Em resumo, o que o governo quer fazer? Quer desgraçar a vida da população. Não há desculpa. Para aumentar a sua arrecadação, quer prejudicar a população. Agora, ele não tem a ciência, até porque não tem a sabedoria necessária, para ver que nós não estamos beirando o precipício, nós já caímos no precipício. Agora é saber qual é o tamanho desse buraco porque, se continuar do jeito que está, nós vamos para uma depressão, e aí é um buraco sem volta”, avaliou.
O tucano acredita que a solução para a crise econômica e social perpetrada pelo governo Dilma passa por muito trabalho, sacrifício, esforço e, acima de tudo, credibilidade.
“Já que tudo passa por credibilidade, a Dilma tem que sair. Não tem jeito. A Dilma não tem credibilidade para atrair investimento externo e interno, não tem credibilidade para administrar. Ninguém confia nela. O mercado não confia, os negócios não confiam, o Congresso não confia. É uma falta de confiança total. Enquanto ela continuar, estaremos indo de mal a pior”, completou Fábio Sousa.