Brasília (DF) – Mais um parlamentar petista se vê envolvido em situação de irregularidade. Um dos investigados pela Operação Lava Jato, o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) teve a cassação de seu mandato pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em denúncia apresentada no Supremo Tribunal Federal (STF). O petista é acusado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (15/01) pelo jornal O Globo, na denúncia Janot pede “a decretação da perda da função pública para os condenados detentores de cargo ou emprego público ou mandato eletivo, principalmente por terem agido com violação de seus deveres para com o Poder Público e a sociedade”.
O procurador-geral da República quer ainda que os envolvidos no esquema sejam condenados a devolver R$ 1.028.866 acrescidos de juros e corrução monetária, o valor da propina recebida, além de, pelo menos, R$ 5.144.330 – cinco vezes o valor da propina – para reparar danos materiais e morais causados.
Lula é citado mais uma vez
A denúncia, que foi apresentada em dezembro do ano passado, mas divulgada apenas em janeiro, traz ainda trechos da delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. No documento, ele revela pagamento de propina a parlamentares e diz que sua indicação para uma das diretorias da BR Distribuidora partiu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista nega a informação.
Cerveró conta também que, após as eleições de 2010, ele participou de uma reunião de “acerto geral” no Rio de Janeiro, com a presença de outros diretores da BR Distribuidora, do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e do ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que na época era líder do governo. Durante esse encontro, teria ficado acertada a arrecadação de propina para a bancada petista na Câmara, em especial para Vacarezza, Vander Loubet e para os deputados José Mentor (SP), André Vargas (PR) e Jilmar Tatto (SP).