Brasília – A produção industrial brasileira sofreu nova queda de 0,7% em outubro em relação ao mês anterior – a quinta baixa consecutiva deste ano. É o que aponta o levantamento divulgado, nesta nesta quinta-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o setor se encontra 17% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Se comparada a outubro do ano passado, a produção industrial caiu 11,2%, tornando-se a vigésima taxa negativa seguida e a mais intensa desde abril de 2009, quando houve a retração de 14,1%.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo desta quinta-feira (3), trata-se da maior queda da série histórica, iniciada em janeiro de 2002, se considerado apenas os meses de outubro. Além disso, a produção chegou a uma queda de 7,8% no acumulado deste ano em relação ao mesmo período de 2014 – também a maior retração já observada na série do IBGE.
Atividades
A indústria recuou em 15 dos 24 segmentos pesquisados na série com ajuste sazonal, quando se desconta, por exemplo, o efeito da diferença no número de dias entre os meses. Segundo dados do IBGE, o maior impacto negativo veio da produção de derivados de petróleo e biocombustíveis, que sofreu uma queda de 2,7% entre outubro e setembro, após ter alta de 3,4% entre agosto e setembro.
Perdas expressivas também foram sentidas nos segmentos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%); de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,0%); de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-2,4%); e de indústrias extrativas (-2,0%). Além disso, houve retração no segmento de bens de capital – aquele que fornece as máquinas que serão usadas por outras indústrias em sua produção – de 1,9% (acima da média de 0,7%) e de bens de consumo duráveis, como televisões e geladeiras, com recuo de 5,6%.