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Refinaria de Pasadena, nos EUA, rendeu R$ 15 milhões em propina para funcionários da Petrobras

DivulgaçãoBrasília (DF) – Além do prejuízo bilionário que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, rendeu à Petrobras – US$ 792 milhões segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) –, novos depoimentos colhidos pela força-tarefa da Operação Lava Jato revelaram que a refinaria rendeu R$ 15 milhões em propina para funcionários e dirigentes da estatal. As informações são de reportagem desta terça-feira (17/11) do jornal Folha de S. Paulo.

A compra da refinaria é o foco principal da nova fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (16/11). O negócio controverso foi aprovado pela diretoria da Petrobras em 2006, época em que Dilma Rousseff era ministra da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da estatal.

O engenheiro Agosthilde Mônaco de Carvalho, ex-funcionário da Petrobras e novo informante da operação, afirmou à PF que ele participou da negociação da refinaria e disse ter recebido US$ 1,5 milhão de propina. Segundo ele, a compra de Pasadena teria sido realizada para “honrar compromissos políticos” do então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e foi realizada “na bacia das almas”, porque a refinaria tinha problemas operacionais.

Mônaco revelou ainda que a refinaria de Pasadena foi apelidada por funcionários da Petrobras de “ruivinha”, pela quantidade de equipamentos enferrujados. O nome inspirou a nova fase da Lava Jato, a Operação Corrosão.

Para o deputado federal Eduardo Cury (PSDB-SP), as novas informações são uma confirmação de que as decisões da Petrobras eram tomadas “única e exclusivamente visando o desvio de dinheiro para partidos políticos”. Ele acrescentou que não há como dizer que a presidente Dilma não teve responsabilidade no prejuízo que a empresa sofreu, visto que todas as decisões passavam por ela, como presidente do conselho administrativo da estatal.

“A compra da refinaria de Pasadena, o escândalo dessa compra, na verdade é só a ponta de um iceberg de todo um sistema que foi montado no governo brasileiro para desviar dinheiro da população para um partido político e para seus amigos. Pasadena é só um aperitivo nessa história”, destacou.

“Se nós formos entrar nas outras compras, como a Abreu e Lima em Pernambuco e outras pelo Brasil afora, todas elas estão contaminadas pelo gene da corrupção patrocinado pelo PT. O que a gente espera é que esse seja o final do capítulo, e não o início dele”, completou o deputado.

 

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