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Setor aéreo brasileiro apresenta pior desempenho no mês de outubro em 13 anos

setor aereoA recessão econômica e a desvalorização do real começam a ser refletidas no ramo da aviação brasileira. A procura por passagens áreas com destinos nacionais recuou em 5,74% em outubro marcando a maior retração no mês desde 2002. Na época o setor registrou quedo de 9,94%. Os dados foram divulgados ontem (26) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), entidade que reúne as quatro maiores empresas do setor – TAM, Gol, Azul e Avianca.

O cálculo geral da demanda anual cresceu 2,36%, mas de acordo com o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, ainda sim, a perspectiva é negativa. Ele acredita que os números serão piores em 2016 e continuarão ruins em 2017, segundo matéria publicada hoje (27) no jornal Estado de São Paulo.

A crise econômica eleva o custo das companhias. As três maiores empresas –TAM, Gol e Azul – já revisaram para baixo seus planos de expansão de frota. “A capacidade será cortada mais agressivamente daqui para frente”, disse Sanovicz.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) reduziu ontem as previsões de crescimento para o setor nos próximos 20 anos, citando a desaceleração de países como a China. A Iata espera agora que o número de bilhetes anual chegue em 7 bilhões em 2034, o dobro dos 3,5 bilhões esperados para 2015 – com expansão média anual de 3,8%. Anteriormente,a associação previa 7,4 bilhões de viagens de avião em 2034.

Embora as previsões não sejam animadoras para o setor da aviação, o Brasil deverá ter o quinto maior mercado do mundo em 20 anos, atrás de China, Estados Unidos, Índia e Indonésia. A Iata estima que o volume de passagens vendidas poderá alcançar 100 milhões ao ano.

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