Um grupo de jovens reuniu-se na manhã desta segunda-feira, 04, com Tasso Jereissati e Eunício Oliveira, candidatos ao Senado e Governo, respectivamente. O evento iniciou uma série de encontros que ambos terão com setores da sociedade, e serviu para que pudessem escutar dos participantes questões que mais interessam ao segmento. Durante mais de duas horas, temas como dificuldade de inserção no mercado de trabalho, falta de cursos profissionalizantes no interior do Estado, abandono das faculdades públicas e falta de segurança foram discutidos, indicando com clareza quais as prioridades.
Ewerton Souza de Abreu, 22 anos, estudante do Curso de Educação Física da Universidade Estadual do Ceará (UECE), clamou por melhorias em sua instituição de ensino e também na educação dos jovens entre 14 e 16 anos, e elogiou o encontro afirmando que “foi um momento importante, pois vimos que ele estavam dispostos a escutar e dialogar sobre diversos temas, vi que eles anotaram e nossos anseios irão estar em parte do programa de governo, e é bom pra gente saber quem realmente está interessando em nos escutar”, disse.
Ele, ainda, criticou a precariedade da infra-estrutura da faculdade, a falta de diálogo com os governantes e o abandono dos jovens. “A infra-estrutura é precária, está em abandono, as obras que são concluídas muitas vezes não tem manutenção e as que começam a construção não terminam. Não há professores e os que estão lá não tem incentivo”, queixou-se.
Em resposta aos estudantes, Tasso e Eunício explicaram o porquê de muitos dos problemas citados. “Eu não posso aceitar que o Governo queira cercear a liberdade de expressão. Sem isso, nenhum das coisas que vocês estão falando vai funcionar, porque se acomodou com o autoritarismo”, argumentou Tasso ao destacar a importância da participação da juventude nos debates nacionais.
Respondendo ainda as queixas de que os jovens estariam abandonados, sem educação de qualidade, Tasso explicou que muitas das problemáticas enfrentadas devem-se a falta de perspectiva. Ele explicou que “aos 14 ou 16, se o jovem tiver uma perspectiva de que vai ter um trabalho bom, com um salário de qualidade, ele terá um futuro digno, longe da marginalidade. Já quando você não tem essa perspectiva, as coisas vão mal. Na minha vida pública fui um defensor irredutível de gerar emprego e trabalho para o Estado e para o Brasil. E o Ceará precisa retomar o caminho do crescimento, com uma juventude estruturada, apoiada e com um futuro digno” disse.
Foto: Zé Rosa Filho