O Relatório de Inclusão Financeira (RIF) 2015, divulgado no último dia 4 de novembro pelo Banco Central, mostra como a crise financeira do governo Dilma vem prejudicando aqueles que ganham até três salários mínimos (R$ 2.364) e usam cartão de crédito. A inadimplência nessa faixa chega a 47% e quase metade dos brasileiros endividados com financiamento no cartão de crédito – cujos juros do rotativo em setembro chegaram a mais de 400% ao ano – deve utilizar o 13° salário para abatimento – como aponta uma pesquisa da Associação dos Executivos de Finanças (Anefac).
Para o deputado federal Jutahy Magalhães Jr. (PSDB-BA), o governo petista é o grande responsável pelo endividamento da população brasileira. “Fez uma campanha eleitoral em 2014 dizendo que o Brasil ia crescer, que a inflação estava sob controle e que a economia estava indo muito bem. Os que acreditaram nessa ideia fizeram dívidas e dívidas muito caras para pagar porque o cartão de crédito é o setor onde o endividado tem mais juros a pagar. Quem tiver de fato no rotativo do cartão de crédito está numa situação muito grave”, disse o parlamentar baiano, ressaltando que a população não terá outra alternativa a não ser usar parte do 13° salário para pagar a dívida ou buscar empréstimos pessoal e consignado.
Segundo Jutahy, o governo Dilma induziu e estimulou o endividamento ao longo dos últimos anos e agora os brasileiros amargam o resultado do desgoverno com uma cesta de Natal nada indigesta. “O governo federal deu um presente de grego aos brasileiros. Mentiu, ganhou a eleição na base da mentira e da corrupção e, o pior, fez com que a população se endividasse, caísse no ‘conto do vigário’ de que tinha emprego e mudança. Hoje, nós estamos com uma taxa de desemprego cada dia maior, a inflação voltando, o preço dos alimentos sendo muito forte para todas as famílias, principalmente, aos mais pobres, o aumento gigantesco na conta de luz, no botijão de gás e na gasolina”.
Assim como Jutahy, o deputado federal Delegado Waldir (PSDB-GO) afirmou que o governo Dilma cometeu alguns crimes contra o cidadão e tem descarregado aos mais pobres as consequências da corrupção na Petrobras, do corte do orçamento e do aumento da inflação e do dólar. “Entre eles, começou lá atrás, incentivando o consumo de energia num momento que nós tínhamos uma grande crise energética. Chegou na campanha eleitoral, o governo prometeu um futuro maravilhoso para o nosso país. Colocou embaixo do tapete a sujeira em relação à inflação e ao orçamento, esqueceu de explicar ao cidadão e continua permitindo que os bancos tenham um lucro fantástico, não tributando as grandes fortunas”, disse o deputado goiano, ressaltando que “quem está pagando o preço da corrupção e da inexistência de uma administração federal qualitativa é o cidadão mais humilde”.