Brasília (DF) – A inflação acelerada, as altas taxas de desemprego e os juros elevados levaram o varejo à pior crise dos últimos 12 anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as vendas do comércio varejista fecharam novembro de 2015 com queda de 7,8% na comparação com o mesmo mês de 2014. É a oitava retração consecutiva e a maior na série sem ajuste sazonal desde 2003, quando registrou recuo de 11,4%.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PME), divulgada na quarta-feira (13) pelo IBGE, no acumulado dos 11 primeiros meses de 2015, as vendas desabaram 4%. Para os últimos 12 meses, a queda ficou em 3,5%. As informações são do Correio Braziliense desta quinta-feira (14).
O comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção, registrou retração ainda mais intensa: 13,2% apenas em novembro. No total acumulado do ano, a taxa ficou negativa em 7,8%.
De acordo com a reportagem, com exceção do setor de artigos farmacêuticos, os outros nove segmentos apresentaram queda nas vendas de novembro em relação ao mesmo período do ano anterior. No grupo hiper e supermercados, produtos alimentícios e bebidas, que abrange bens essenciais, houve recuo de 5,7%, a décima redução mensal consecutiva nessa base de comparação.
Regiões
A pesquisa destacou ainda que o comércio varejista registrou queda em 26 das 27 unidades da Federação. Apenas em Roraima houve crescimento. No Distrito Federal, as vendas caíram 8% em novembro, em comparação com o mesmo período de 2014. No acumulado do ano, a queda foi de 5,8%.