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Volume de investimento do governo federal recua ao menor patamar desde 2007

18032015-_R0V8663-EditarBrasília (DF) – O volume dos investimentos promovidos pelo governo federal em 2015 já é inversamente proporcional à necessidade de melhorias em áreas como educação, saúde e transportes. Isso porque os investimentos do governo da presidente Dilma Rousseff em 2015, incluindo os restos a pagar, foram de apenas R$ 38,9 bilhões, o menor patamar desde 2007. As informações são de reportagem publicada nesta segunda-feira (25/01) pelo jornal O Globo.

Para se ter uma ideia, só o Ministério dos Transportes sofreu um corte de R$ 4,3 bilhões no orçamento por conta do ajuste fiscal, o equivalente a cerca de um terço em relação a 2014. Já na Defesa, foram R$ 4 bilhões a menos. A queda no investimento orçamentário chegou a 38,5%, considerada a inflação, só no ano passado, segundo levantamento feito pela Liderança da Minoria na Câmara a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

Para o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), o quadro de desgoverno que se reflete nas finanças públicas é fruto de um governo que não sabe administrar.

“É lamentável para toda a população brasileira assistir o comportamento de um governo irresponsável. O problema todo é que o governo gastou mais do que tinha, e isso é insuportável porque toda vez que se gasta mais do que se tem, é preciso depois fazer ajustes, e o governo faz ajustes cortando investimentos. Ele vai cortar despesas e corta investimentos, portanto corta obras. Cortando obras e investimentos, a população fica sem infraestrutura, sem logística”, afirmou.

Apesar do orçamento autorizado para investimentos em 2015 ter sido de R$ 82 bilhões, menos da metade foi efetivamente aplicado. Para 2016, a proposta orçamentária inicial foi de R$ 34,6 bilhões, posteriormente elevada para R$ 45,4 bilhões, o que ainda é pouco considerando que o volume separado pelo governo para o pagamento de pessoal e encargos sociais é mais de seis vezes maior: R$ 277 bilhões.

Menos recursos para o PAC

Na tentativa de diminuir o rombo bilionário nas contas públicas, o governo federal também cortou os investimentos ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros chefe da propaganda petista, prestes a completar nove anos de existência. Além do nível de injeção de recursos hoje ser o mesmo de 2007, quando o programa foi lançado, o cronograma de obras em curso se arrasta e novos empreendimentos não são contratados por falta de recursos.

“Sendo reduzidos os gastos com o PAC, faltam também empregos”, alertou o deputado Samuel Moreira. “O grande problema da falta de investimento, da redução de investimento, é que isso gera desemprego. Hoje, o país já paga muito caro por conta do desemprego, pela falta de investimento. O governo gastou demais. Para ganhar a eleição, gastou mais do que tinha em 2014, e nós pagamos as consequências em 2015 e vamos pagar essas consequências em 2016, por conta de um comportamento irresponsável do governo federal”, destacou.

O parlamentar ressaltou ainda que, além de gastar mais do que tem, o governo da presidente Dilma gasta mal. “O problema do governo é também a incompetência, a falta de gestão, a ineficiência. Gasta muito mal o dinheiro público, e um dos gastos mal feitos e criminosos é o da corrupção”, completou o tucano.

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