
A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em aceitar o pedido de abertura do processo de impeachment demonstra o tamanho da crise que o Brasil vive sob o governo de Dilma Rousseff. A decisão dá início a mais um importante capítulo da história do país e vai de encontro com os anseios da população, que clama por mudanças.
Atualmente o Brasil vive uma das maiores crises de sua história. Especialistas apontam que nossa economia deve encolher quase 4% esse ano, as previsões para 2016 são de recessão de 3,5% e que aproximadamente 3,1 milhões de famílias da classe “C” cairão para as classes “D” e “E”. O desemprego atingirá 2 milhões de pessoas em 2016 e a inflação, que deveria ser uma página virada de nossa história, voltou com força, superando de longe as metas estabelecidas pelo governo. Nossa dívida pública continua crescendo (atualmente representa 66,1% do Produto Interno Bruto), o desemprego aumenta e perdemos grau de confiança em todo mundo.
Isso é apenas um pequeno resumo da incompetência que a política petista levou ao país, mas não seria o suficiente para dar início ao processo de impeachment. Diferente da ideia de golpe que o PT tenta passar, o pedido protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal é ancorado na Constituição e destaca com maior ênfase três temas que constituem crime de responsabilidade da presidente.
O primeiro são as contínuas pedaladas fiscais do governo Dilma, onde o Tesouro Nacional atrasa de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos e, dessa forma, apresentando despesas menores do que as reais todos os meses para lubridiar o mercado financeiro. Também destacam a omissão da presidente nos casos de corrupção da Petrobras, que pode chegar a R$ 21 bilhões de reais, e o fato do Tribunal de Contas da União (TCU) apontar que o governo federal publicou decretos que abriam crédito suplementar para despesas sem autorização do Congresso.
A gestão de Dilma Rousseff tem sido marcada pela inabilidade política, um número sem fim de casos de corrupção, maquiagem contábil, incapacidade de diálogo com a população, perda de credibilidade, alianças com ditadores na América Latina, balcão de negócios para cargos públicos e incompetência profissional que levaram o país a sua maior crise econômica e política das últimas décadas. Seu legado é ter destruído todas as conquistas de governos anteriores e ter acabado com a esperança de dias melhores para os brasileiros.
O impeachment não é golpe, é o remédio constitucional para acabar com os desmandos de um governo que não tem feito por merecer a confiança que recebeu da população. O Brasil não pode mais ter uma gestão federal que adota como agenda prioritária um projeto de manutenção de poder. Precisamos resgatar a esperança e mostrar que é possível levar o país novamente para o desenvolvimento econômico, estrutural e social.
É um momento único para a nossa geração e a população precisa compreender e debater exaustivamente os caminhos que nos trouxeram até aqui e os rumos onde vão nos levar. É preciso sair às ruas e mostrar toda nossa indignação, caso contrário Dilma irá arrastar seu mandato e prolongar esse cenário cada vez mais incerto e sem expectativas. Unidos mostraremos aos parlamentares que a hora do impeachment é agora e provaremos mais uma vez que o Brasil é dos brasileiros, e não de um partido político.
Marcello Richa é presidente do Instituto Teotônio Vilela do Paraná (ITV-PR)
Da assessoria do PSDB Nacional
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